Neuropsicopedagogia
A neuropsicopedagogia é um campo do saber científico moderno surgido no ano de 2008, quando docentes de uma instituição de ensino criaram um grupo de estudos que promoveria observações e pesquisas sobre a aprendizagem a partir de um enfoque transdisciplinar empregando os conhecimentos da neurobiologia da aprendizagem, da pedagogia e da psicologia cognitivo-comportamental, que emprega conhecimentos acerca de condicionamento, reforço ao comportamento desejado e estratégias de correção para evitar o comportamento indesejado.
Seu propósito é avaliar e intervir em transtornos, síndromes, dificuldades e potencialidades na aprendizagem, incluindo a reabilitação.
Seu campo do conhecimento permite atuar sobre as funções cognitivas, como atenção, memória, linguagem, funções executivas e percepção, além da psicomotricidade.
Sua atuação se fundamenta em duas fases:
• A avaliação, onde através de testes validados por estudos científicos (medidos quantitativamente) obtém-se índices que balizam o enquadramento em parâmetros indicativos de problemas descritos no DSM V (manual diagnóstico de saúde mental). De forma complementar, emprega-se a observação clínica e o emprego específico de algumas ferramentas – como imagens, músicas ou jogos (medidas qualitativas). O somatório destas duas análises permite o correto diagnóstico e proporciona o reconhecimento das melhores ferramentas para a modalidade de intervenção mais eficaz ou para encaminhamento a profissionais de outras áreas (médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, etc).
• A intervenção – que pode ser do tipo acompanhamento, estimulação ou reabilitação – se dá através de exercícios específicos para o aumento da plasticidade cerebral empregando ferramentas lúdicas como brincadeiras e jogos para estimulação das funções cognitivas; elementos escolares ou de tarefas cotidianas são inseridas nestes exercícios, de forma a torná-los prazerosos, motivadores e desafiadores, atendendo às múltiplas necessidades e públicos.
O público alvo da atuação neuropsicopedagógica vai desde crianças em fase de aprendizagem (formal ou informal), adultos que desejam aprender a empregar ferramentas que compensem desajustes (como falta de memória ou foco, desatenção, impulsividade, dificuldade de interpretação e de leitura, etc), idosos com déficit cognitivo (devido à idade ou demências correlatas) ou pessoas que sofreram traumas encefálicos, AVE, tumores cerebrais ou que sofrem de transtornos, síndromes, dificuldades e potencialidades na aprendizagem.